Home office amplia as contratações internacionais e cria novo unicórnio

“Queremos que nossos clientes fiquem livres para se concentrar em crescer e ganhar dinheiro”, diz Cristiano Soares, country manager da Deel no Brasil. A startup, fundada no Vale do Silício em 2018, é líder global em gestão de pagamentos e contratos para times internacionais.

Ao se encarregar da gestão dos contratos e pagamentos dos funcionários residentes no exterior, a companhia facilita a vida tanto das equipes de RH como dos departamentos jurídicos e financeiros.

Antes de mais nada, dispensa as empresas da custosa burocracia de abrir uma filial em cada país no qual resolverem manter um funcionário registrado, o que no Brasil corresponde à adesão à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Formalmente, o novo quadro vira empregado de uma das mais de 50 filiais da startup espalhadas por cerca de 40 países — a gestão dele, no entanto, fica a cargo de quem recorreu à Deel.

Também desobriga os contratantes de se aprofundarem a respeito da legislação trabalhista do local no qual vive o novo empregado — a Deel dispõe de 200 advogados especializados no tema que se encarregam da tarefa.

Ela permite ainda a contratação de pessoas para serviços pontuais, pagar por horas trabalhadas ou firmar um vínculo de freelancer, similar ao de pessoa jurídica, bastante comum no Brasil.

Pagamento de colaboradores pelo mundo

Seja qual for o regime adotado, a startup se encarrega dos eventuais benefícios e da remuneração, que pode ser efetuada na moeda local e da maneira que o colaborador preferir.

Ele pode optar tanto por serviços como TransferWise e PayPal como transferências bancárias comuns, cartão de crédito e até bitcoin. Caso deseje, pode solicitar a antecipação de salário — o valor requisitado é descontado na próxima folha de pagamentos e para até 50 dólares não há taxas.

Como funciona

Para virar cliente da Deel, basta acessar sua plataforma, que também permite o gerenciamento de todos os pagamentos e salários dos times internacionais.

Para quem pretende montar equipes sem vínculo formal as mensalidades partem de 49 dólares. Das empresas que optam por contratações fixas são cobrados, no mínimo, 500 dólares mensais. O número de funcionários que cada mensalidade permite depende de uma análise do perfil de sua companhia — a resposta costuma vir em 15 minutos.

“Somos uma solução tanto para empresas com poucos funcionários como para aquelas que já têm 200 ou mais”, afirma Soares. Uma central de atendimento, disponível tanto para clientes como para colaboradores, funciona 24 horas por dia, em todos os fusos-horários e em todos os países em que a startup atua. No Brasil desde o começo do ano, ela já atende 40% dos unicórnios do país, a exemplo do Nubank e do iFood.

Um novo unicórnio

Por falar nisso, a Deel se juntou ao seleto clube dos unicórnios, com um valuation de 1,25 bilhão de dólares, bem na época em que deu início à operação verde-amarela.

Um total de 206 milhões de dólares em investimentos foi amealhado nos últimos meses — a captação de Série C foi liderada pelo fundo YC Continuity e coliderada por Andreessen Horowitz e Spark Capital, investidores antigos.

O exponencial crescimento recente, de 1.000% nos últimos 12 meses, se explica pelo incontornável advento do home office. “Ele permite que todos empreguem pessoas de qualquer país e tragam para suas equipes os melhores talentos disponíveis no planeta”, destaca o country manager no Brasil. “Atualmente, nada te impede de ter alguém trabalhando para você de um coworking na Argentina ou na Alemanha, por exemplo. Com as soluções que oferecemos, isso é extremamente simples”.

A startup não se envolve no processo de seleção dos candidatos, mas pode indicar empresas especializadas nisso nos países em que já atua. Foi fundada por Alex Bouaziz e Shuo Wang, dois ex-alunos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) — o primeiro, que figurou na lista “Forbes Under 30” de 2020, exerce o cargo de CEO global da Deel e o segundo é CRO da companhia. Hoje ela dispõe de mais de 3.500 clientes ao redor do planeta e intermedia cerca de 17.000 contratos de empregados. “Para este ano está prevista a aquisição de 80 companhias do setor, que vão nos permitir crescer ainda mais”, revela Soares.



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