O abriu em alta nesta segunda-feira, 3, refletindo o apetite por risco no mercado internacional, com investidores avaliando balanços corporativos e sinais de recuperação econômica. Às 10h15, o principal índice da B3 subia 0,31% para 119.256 pontos.
Na Europa, onde as principais bolsas operam em alta, o índice Dax, da Alemanha, se destaca positivamente subindo quase 1%, após as vendas do varejo alemão surpreenderem, crescendo 11% em março. A expectativa era de os efeitos da terceira onda de coronavírus no país tivesse provocado uma contração de 0,3% do varejo alemão. No continente, os índices de gerente de compras (PMIs, na sigla em inglês) também indicaram recuperação da indústria em abril, ainda que os números tenham ficados levemente abaixo do esperado.
Por aqui, as atenções se voltam para Brasília, onde deve ser entrega na Câmara o texto da reforma tributária. A expectativa é de que a reforma seja fatiada em quatro partes, com temas espinhosos, como a CPMF, deixados para o final. Essa, segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira, deve ser a melhor forma de garantir a aprovação da reforma.
Entre os principais componentes do Ibovespa, os grandes bancos têm a maior contribuição para a alta do índice, às vésperas da divulgação do balanço do Itaú (ITUB4), previsto para após o encerramento do pregão. Na semana passada, o resultado do Santander (SANB11) aumentou o otimismo para os resultados de seus concorrentes, com os papéis do setor chegando a subir 9%. Nesta sessão, as do Bradesco (BBDC3/BBDC4) sobem pouco mais de 2% e lideram as altas dos grandes bancos, enquanto as do Itaú (ITUB4) avançam cerca de 1,5%.
No entanto, é o setor de rodovias que apresenta as maiores altas do Ibovespa, com as ações da Ecorrodovias (ECOR3) e CCR (CCRO3) se valorizando mais de 5%. Como motivador para a forte alta estão os dados de tráfego divulgados na noite de sexta-feira, 30, pela CCR. Segundo a companhia, entre janeiro e o penúltimo dia de abril, o tráfego em suas rodovias cresceu 8% em relação ao mesmo período do ano passado.