JBS compra empresa centenária italiana e avança na Europa e nos EUA

A JBS, maior processadora de carnes do mundo, assinou acordo para aquisição de 100% do grupo italiano King´s, avançando no segmento premium de charcutaria. O negócio, fechado por US$ 92,5 milhões, foi anunciado nesta segunda-feira. A transação está sujeita à validação das autoridades antitruste.

Com a aquisição, a empresa assume as quatro fábricas do grupo King’s na Itália, sendo duas na província de Parma, uma em Vicenza e a quarta em Udine, além de toda a operação de outra marca do grupo, a Principe, nos Estados Unidos.

No caso da marca Principe, as operações incluem uma fábrica de fatiamento em Nova Jersey.

A transação garante à JBS presença nas três maiores regiões da Itália produtoras de especialidades da charcutaria com selos D.O.P. e I.G.P. (Denominação de Origem Protegida e Indicação Geográfica Protegida) e é estratégica para a expansão nos Estados Unidos, na Europa e em outras regiões.

Isso porque a companhia passa a contar com um portfólio e estrutura de produção e distribuição de especialidades italianas autênticas como prosciutto, bresaola, mortadela, speck e salame com certificação de origem, utilizando técnicas de fabricação e de cura artesanais.

A aquisição foi feita por meio da subsidiária da JBS Rigamonti.

Investimento de US$ 200 milhões nos EUA

“Esta aquisição segue o direcionamento estratégico de crescer em produtos de altíssimo valor agregado. Nos coloca entre os líderes da salumeria italiana e alavanca a estratégia comercial nos Estados Unidos, onde estamos investindo US$ 200 milhões em uma fábrica de especialidades italiana”, disse o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, em nota.

A JBS mencionou ainda que está construindo uma nova fábrica de especialidades italianas em Columbia, no Missouri, que deve entrar em operação em 2022.

As duas marcas italianas que passam ao guarda-chiva da JBS são conhecidas pela alta qualidade no mercado de charcutaria: a King’s, fundada em 1907 em Sossano, e a marca Principe, fundada em 1945 em Trieste.

A empresa ainda passa a deter também a participação de 20% na Piggly, considerado primeiro criador de suínos sustentável e 100% livre de antibióticos da Itália, com unidades em Mantova e Verona.

Outras aquisições

Em meados de novembro, a JBS anunciou a compra da espanhola BioTech Foods e que vai ingressar no mercado da proteína cultivada — carne feita a partir de células animais e não da pecuária.

A operação inclui o investimento de US$ 41 milhões na construção de uma nova unidade fabril na Espanha para dar escala à produção e a implantação do primeiro Centro de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) em Biotecnologia de Alimentos e de Proteína no Brasil.

Em junho, A JBS passou a atuar na Austrália, ao anunciar a aquisição da Rivalea, empresa líder na criação e processamento de suínos no país, onde detém 26% do mercado.

Já no início de agosto, a JBS comprou 100% da Huon Aquaculture, segunda maior produtora de salmão da Austrália. O negócio, avaliado em R$ 1,6 bilhão, marcou a entrada da gigante brasileira de alimentos na produção de pescados.

Ainda no mesmo mês, a maior processadora de carne global fez uma proposta para comprar todas as ações ordinárias (com voto) da Pilgrim’s Pride, gigante de frangos americana. Hoje, a empresa já controla a Pilgrim´s, com 80,12%. O objetivo é deter 100% da companhia e fechar seu capital.



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