Mansueto defende aumentar gastos com saúde e assistência aos trabalhadores

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nesta terça-feira que a pandemia do coronavírus impõe a necessidade de elevação de gastos com saúde e assistência aos trabalhadores e que, nesses esforços, o governo não deve “se preocupar com a economia fiscal.” Mas Mansueto advertiu que “não se pode cometer o erro de transformar esse aumento de gasto em despesa permanente.”

“O desafio de todos nós é não se preocupar com a economia fiscal e gastar com as pessoas, garantindo por exemplo que a saúde dos municípios possa tratar quem precisa. Mas, este ano, é um gasto temporário. O erro que a gente não pode cometer é aumentar o gasto com despesa permanente. Esse erro não devemos cometer. Em especial garantir qualquer recurso para o sistema de saúde-afirmou Mansueto durante o evento “E agora, Brasil?”, organizado pelo GLOBO e pelo Valor Econômico.

O secretário do Tesouro também afirmou outro desafio da crise é proporcionar renda aos trabalhadores que, por causa da pandemia, precisam ficar isolados em casa sem trabalhar. Mansueto disse que a quarentena é necessária e que, diante disso, esses profissionais precisam contar com o Estado.

“É preciso proteger e dar renda a pessoas vulneráveis. Pessoas que não estão podendo trabalhar nesse momento e não por culpa delas. Infelizmente, todos nos tivemos de ficar em casa”, afirmou. “O Brasil tem grande quantidade de trabalhadores na economia informal, e temos que fazer quase que um esforço de guerra para achar essas pessoas. Daí a importância do auxílio emergencial de R$ 600 que foi aprovado”.

Mansueto afirmou que o terceiro desafio da crise é dar suporte ao empresariado para a manutenção dos empregos.

Também participando do debate, a economista e consultora Zeina Latif apontou as divergências internas do governo e a politização do debate sobre a Covid-19 como grande responsável pela demora na adoção de medidas de combate ao novo coronavírus.

“O Ocidente inteiro errou, mas o Brasil errou mais”, criticou.

O evento é uma realização dos jornais O GLOBO e Valor Econômico, o “E agora, Brasil?” tem patrocínio do Sistema Comércio através da CNC, do Sesc, do Senac e de suas Federações.


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