Melhores do ESG: Nova economia gera oportunidades para o Brasil | Invest

(Por Tiago Cordeiro, especial para EXAME)

Na medida em que os países do mundo traçam estratégias para atingir as metas acordadas no Acordo de Paris, grandes corporações passaram a se comprometer com metas de sustentabilidade bastante ambiciosas.

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Como declarou Luciana Antonini Ribeiro, sócia da EB Capital, no primeiro dos dois painéis da note de 19 de maio do evento Melhores do ESG, esse cenário apresenta um novo momento: “A realidade é que, para que as empresas possam cumprir suas metas, a cadeia de soluções precisa ser escalável. Ao fomentar a cadeia, existe uma oportunidade sensacional de negócios”.

Assim como a tecnologia disruptiva transformou o mercado na década passada, o ESG vai fazer o mesmo nos próximos anos, concordou Eduardo Sirotsky Melzer, CEO e Sócio da EB Capital. “No começo da revolução tecnológica, os negacionistas, que não se sentiam afetados porque dominavam seus mercados… A história conta o que aconteceu com eles. Já os que se converteram trouxeram suas empresas para o ambiente de negócios. O mesmo acontece agora com a sustentabilidade”.

Luciana Ribeiro explicou os critérios da EB Capital para investir. “Olhamos para empresas que fornecem soluções para lacunas da sociedade brasileiras, e soluções que possam ser escaladas. Ela de um exemplo: “Temos desemprego, de um lado, e, de outro, vagas de emprego que não são preenchidas por falta de qualificação. Agora estamos escalando soluções em educação profissionalizante, de forma a conectar essas pessoas com o mercado de trabalho”.

Carbono zero

O evento seguinte abordou os desafios e as oportunidades apresentados pela nova economia do carbono. “A economia tradicional não considerou externalidades. A sociedade evoluiu para entender o carbono como externalidade não só para a economia, como para a saúde”. E assim, como afirma Rodolfo Sirol, Presidente de Conselho de Administração do Pacto Global da ONU, finalmente diferentes setores da economia seguiram na direção de inserir as demandas ambientais na base da rotina das organizações.

O último painel do dia 19 assumiu um tom de urgência. “Uma crise aguda como a da Covid-19 é potencializada por crises crônicas, como a do clima”, prosseguiu Sirol. “Para evitar que novas situações como esta se repitam, devemos cancelar todos os incentivos e subsídios para a economia tradicional baseada em carbono. O mercado já tem dados sinais muito contundentes nesse sentido”.

Nicola Cotugno, Country Mananger da Enel, concordou. “Temos objetivos ambiciosos e pouco tempo para alcançá-los”. Ele se disse ciente de que o setor energético atuante no Brasil está em posição privilegiada nesse cenário. “É um setor privilegiado, sabemos como fazer”. Mas informou que esse contexto favorável não reduziu os esforços da empresa na direção da energia renovável.

“A geração renovável é a única que estamos desenvolvendo. Quando falamos de nossos projetos, pensamos em energia limpa e em desenvolvimento econômico, em gerar renda nos locais onde atuamos”, explicou. Cotugno lembrou da demanda dos próximos anos. “No futuro teremos uma rede conectada, inteligente e limpa, que vai inclusive alimentar o transporte movido a eletricidade, que já é uma realidade comercialmente viável”.

A moderadora Caroline Prolo, Sócia da Área de Direito Ambiental e de Mudanças Climáticas do Stocche Forbes Advogados, concordou. “Mudanças climáticas representam um risco para as empresas. Temos uma convergência global dos países do mundo com o Acordo de Paris. E temos um consenso da comunidade científica a respeito da mudança no clima causada pela ação humana”.

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