O plano de Doria para vencer as prévias do PSDB em novembro

Doria esteve em Curitiba para marcar território. Estado fechou apoio com Eduardo Leite.

Doria esteve em Curitiba para marcar território. Estado fechou apoio com Eduardo Leite. (Divulgação/Divulgação)

Pode faltar um ano, mas a corrida para as eleições de 2022 já começou e o pleito está mais próximo do que parece. Partidos se alinham, outros se fundem, e alianças estão em processo de construção. No PSDB, as prévias, que serão realizadas no dia 21 de novembro, vão definir o nome da legenda para disputar o Palácio do Planalto.

Dos três candidatos, dois estão praticamente empatados, segundo projeções, e o vencedor deve ser definido no voto a voto. De um lado, o governador de São Paulo, João Doria, e do outro, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Na semana passada, o senador pelo Ceará, Tasso Jereissati, desistiu de concorrer e declarou apoio a Leite. No jogo ainda está o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.

Para tentar vencer, a principal estratégia da campanha de Doria é o olho no olho, como explica Wilsinho Pedroso, coordenador da campanha de prévias do governador paulista, que conta com cerca de dez pessoas envolvidas diretamente neste trabalho desde meados deste ano.

“O mais importante é criar relações. As prévias te dão a oportunidade de conhecer as pessoas, quem é o cara do partido que põe a mão na massa, que está na linha de frente. Como as prévias desembocam nas eleições, o partido já entra aquecido”, diz.

Wilsinho Predoso tem experiência quando fala de estratégias. Foi responsável por coordenar as prévias que elegeram Doria à prefeitura da capital paulista, em 2016, e ao governo de São Paulo, em 2018, e também para a reeleição de Bruno Covas, em 2020.

“O melhor espelho, o melhor portfólio que eu posso apresentar para convencer os eleitores do PSDB, e futuramente os eleitores do Brasil, é o que estamos fazendo em São Paulo”, diz João Doria.

Por mais que a experiência conte, em uma campanha nacional tudo é diferente. As distâncias e as realidades de um país continental, são completamente diferentes de falar de bairros ou regiões estaduais.

Apesar de Doria governar e ter apoio no estado com maior peso na conta final da eleição – cerca de 25% -, as viagens são essenciais para falar com os correligionários, e principalmente ouvir, em busca de mais apoios. No roteiro já estiveram estados próximos a São Paulo, como Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso, e locais mais distantes, como o Pará.

“A política é olho no olho, pois você vê mais as questões sociais e comportamentais. A proximidade e a boa conversa de forma presencial são muito fundamentais”, afirma Wilsinho Pedroso.

Minas Gerais, o segundo em peso na disputa – aproximadamente 13,66% – já fechou questão em favor de Eduardo Leite. Mas nem por isso deixou de receber a visita de Doria. Na semana passada ele esteve em Belo Horizonte em um evento para 350 pessoas, em que tentou romper a barreira formada por Aécio Neves, que apoia o governador gaúcho.

Mesmo que estados já tenham fechado questão, a conta final para vencer as prévias do PSDB não é uma matemática simples. No total, os votos dos filiados contam como 25%, os deputados federais, senadores, vice-governadores e vice-governadores e ex-presidentes do partido somados também valem 25%, assim como o dos deputados estaduais. Já prefeitos e vereadores têm peso de 12,5%, cada, na escolha interna.



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