Plano para aceitar 6 novos países na OCDE pode destravar adesão brasileira

Depois de esperar anos para ingressar no clube das nações ricas, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil vê agora a possibilidade de um avanço como parte de um processo em que o secretário-geral da organização, Mathias Cormann, tenta levar adiante ao mesmo tempo a adesão de todos os seis países que estão na fila.

Fontes ouvidas pela Reuters confirmam que Cormann, um político australiano que assumiu a OCDE em março deste ano, tenta destravar o impasse das novas adesões com um plano de aceitar todos os seis — os latino-americanos Brasil, Argentina e Peru e os europeus Romênia, Bulgária e Croácia — de uma vez só.

Depois desse aceite oficial, a velocidade do progresso de cada um para participação plena dependeria do cumprimento das regras da organização.

A intenção é levar o plano para ser discutido na reunião de ministros que acontece em Paris na próxima semana, em um debate que poderia ser usado para destravar as novas adesões.

O próprio processo de adesão do Brasil, iniciado em 2017, parou em parte devido à oposição dos EUA a essa expansão da OCDE para as nações do Leste Europeu. Apesar do então presidente Donald Trump ter patrocinado e apoiado a adesão brasileira, sua resistência em garantir uma expansão posterior para os europeus fez com que a União Europeia também não aceitasse começar o processo .

A estratégia de Cormann com essa proposta é diluir a resistência à adesão de qualquer país em particular, disse à Reuters uma fonte brasileira que acompanha as negociações.

A França, por exemplo, tem relutado em receber o Brasil na OCDE devido às políticas do presidente Jair Bolsonaro sobre o meio ambiente, sugerindo que o Brasil deve primeiro mostrar progresso no combate ao desmatamento na floresta amazônica.

O plano, no entanto, esbarra mais uma vez nos Estados Unidos. O novo governo democrata de Joe Biden ainda não manifestou sua posição sobre a expansão da OCDE, em nenhum caso.

Cormann tem conversado em particular com os países membros para obter apoio para sua proposta antes de apresentá-la formalmente na reunião de 5 a 6 de outubro em Paris, disse a fonte. Outra pessoa com conhecimento do assunto confirmou a proposta. Ambos pediram anonimato para discutir as negociações, que ainda são confidenciais.



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