Deverão ser apresentadas propostas sobre questões essenciais sobre o modelo de desestatização dos Correios e o cronograma para a venda da Eletrobras
Paulo Guedes, ministro da Economia, Diogo Mac Cord, secretário especial de desestatização da pasta e representantes do BNDES participam de reunião nesta terça-feira, dia 16, para definir as propostas iniciais para o modelo de privatização dos Correios e anunciar os próximos passos relativos ao processo de desestatização da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e da Eletrobras.
Segundo EXAME apurou, deverá ser apresentada uma avaliação sobre decisões importantes sobre a privatização dos Correios, uma das maiores estatais do país, com mais de 95.000 funcionários. O BNDES iniciou estudos em agosto de 2020 sobre a modelagem econômica da privatização da estatal.
Na fase inicial, cujas conclusões deverão ser anunciadas nesta terça, foram debatidas questões essenciais, como eventuais benefícios e desvantagens da venda da companhia como um todo ou o fatiamento por praças. A proposta considerada mais adequada, que deverá ser anunciada nesta terça, foi da desestatização da empresa como um todo, com alienação do controle acionário.
A EBC, por sua vez, poderá entrar formalmente no Plano Nacional de Desestatização. A empresa é uma das 19 estatais dependentes do Tesouro. Isso significa que a empresa precisa receber recursos públicos para seguir operando — em média, os contribuintes bancam 70% das despesas da companhia. A EBC recebeu cerca de 500 milhões do Tesouro em 2019.
Na reunião desta terça, dia 16, também deverá ser definido o cronograma dos estudos de modelagem econômica da privatização da Eletrobras, a cargo do BNDES. No dia 24 de fevereiro, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma Medida Provisória ao Congresso que autoriza a estatal a ser privatizada. Agora, o Congresso precisa votar a medida. Mas nada impede que os estudos, considerados complexos, já comecem.
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