STF: governo pode se manifestar sobre vacinação em crianças até dia 5

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo maior para o governo federal apresentar explicações sobre a inclusão ou não de crianças de cinco a 11 anos no plano de vacinação contra a covid-19. As informações poderão ser prestadas até 5 de janeiro, mas Lewandowski detalhou pelo menos cinco documentos necessários para análise.

Na sexta, o ministro deu um prazo de 48 horas para que o governo prestasse esclarecimentos. No domingo, porém, o Ministério da Saúde, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), solicitou um prazo maior, alegando que haverá consulta pública sobre o assunto entre 23 de dezembro e 2 de janeiro, e uma audiência pública em 4 de janeiro. No dia seguinte, a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid) do Ministério da Saúde apresentará a decisão ou plano sobre o tema.

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Lewandowski disse que, “dentre outros dados considerados pertinentes”, deverão ser encaminhados ao STF: parecer da Câmara Técnica Assessora de Imunização da Covid-19; resultado da consulta pública, explicando a metodologia empregada, o período de realização, quem foi consultado, como os dados foram coletados, e o questionário aplicado; resultado da audiência pública; contratos já firmados pelo Ministério da Saúde com a Pfizer que preveem a possibilidade de fornecer vacinas a crianças de 5 a 11 anos; e manifestação da Secovid sobre a vacinação de crianças já contemplando o parecer da Comissão Técnica e os resultados da consulta e da audiência pública.

Na quinta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a vacina da Pfizer para quem tem entre 5 e 11 anos. O Partido dos Trabalhadores (PT) fez um pedido para que as crianças nessas faixa etária sejam vacinadas antes da retomada das aulas.

No domingo, ao responder os questionamentos do STF, o governo informou que o Ministério da Saúde tem contratos firmados com a Pfizer que “já preveem expressamente a possibilidade de se solicitar imunizantes para crianças de 5 a 11 anos, caso haja esta demanda, o que evidencia o adequado planejamento da Pasta, pois há cobertura contratual em caso de tal necessidade exsurgir”.

Um dos documentos enviados ao STF no domingo foi elaborado pela Consultoria Jurídica (Conjur) da AGU junto ao Ministério da Saúde. Segundo o texto, “a situação epidemiológica está controlada, com considerável redução de casos, especialmente, nessa faixa etária, o que permite às autoridades sanitárias tomarem decisão com todas as cautelas exigidas para a complexidade da situação ora tratada”.

A Conjur destaca qoue a aprovação da vacina pela Anvisa é “uma importante etapa” no processo, mas não a única. Assim, também é preciso ouvir a sociedade civil e avaliar o cenário epidemiológico atual, observando o número de mortes que ocorre nessa faixa etária.



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