Vendas no varejo têm queda de 7,6% em fevereiro, aponta Índice Stone Varejo

A Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros, em parceria com o Instituto Propague, divulgou na última sexta-feira, 10, a segunda edição do seu Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, que apresenta dados mensais de movimentação no setor. A análise nacional aponta que em fevereiro de 2023 as vendas no varejo caíram 7,6% no comparativo com o mesmo período do ano passado.

O estudo tem como base a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos Estados Unidos. O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos a grandes varejistas e divulgar um retrato do varejo nacional.

De acordo com o levantamento, o resultado registrado no segundo mês do ano reflete, principalmente, o impacto negativo do carnaval, atenuado em 2022 pelas restrições da pandemia e normalização do calendário festivo. Este ano o feriado prolongado prejudicou os indicadores dos sete segmentos analisados, bem como as atividades em 26 dos 27 estados.

Entre todos os segmentos, apenas o de artigos farmacêuticos apresentou sinais de melhora. Embora tenha apresentado queda de 2,4% do volume de vendas em fevereiro, no comparativo ano contra ano teve melhora de 1,2% no comparativo mensal sazonalmente ajustado.

Entre os seis segmentos analisados, o que apresentou pior resultado no período foi o subsegmento de hipermercados e supermercados, que registrou queda de 13,9% no volume de vendas em fevereiro, no comparativo ano contra ano. Enquanto isso, o segmento de tecidos, vestuário e calçados também chamou atenção pela queda de 12,2%, seguido pelo de livros, jornais, revistas e papelarias, com queda de 9,2%.

“Nosso estudo não tem o objetivo de verificar relações de causalidade do que acontece em cada mês e a evolução dos indicadores. Porém, no senso comum, sabemos que feriados prolongados impactam o setor de diferentes formas”, diz o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli. “Ao compilar e organizar esses dados, nosso objetivo é ajudar o empreendedor a compreender o atual momento do mercado para planejar de forma estratégica os seus próximos investimentos e a gestão do seu negócio considerando cenários semelhantes”, afirma.

Dados regionais

Entre os destaques, o impacto negativo foi maior nas regiões Norte e Nordeste, Ceará (15,1%), Pernambuco (14,8%), Sergipe (9,4%) e Rio Grande do Norte (8,3%). Apenas o Acre (0,7%) e o Pará (1,5%) se mantiveram em níveis próximos aos vistos em 2022. No Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a única alta do mês foi no Espírito Santo (0,7%). Porém, outros estados e Distrito Federal registraram quedas significativas, por exemplo, Rio Grande do Sul (8,6%), Paraná (8,8%), Distrito Federal (8,0%) e Rio de Janeiro (9,4%).



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