A importância dos negócios para a economia de baixo carbono

De acordo com uma análise divulgada pela consultoria PwC em março deste ano, o setor privado pode se tornar a ponte necessária para alcançar a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa. Ao mesmo tempo, a avaliação da instituição de auditoria é clara: líderes empresariais de diferentes países precisam agir imediatamente para alcançar as demandas da ciência, de governos, de investidores e da sociedade em geral.

Atualmente, cerca de 50% do PIB global já se comprometeu com a eliminação das emissões até o ano de 2050. Ao mesmo tempo, empresas públicas de grande porte começam a sofrer pressões para adotar medidas verdes, e a tendência é de que, em breve, empresas públicas menores e empreendimentos privados também passem a ser cobrados para agir de forma sustentável. Mas estes últimos estão caminhando mais lentamente em direção à economia verde.

Por enquanto, de acordo com o PwC, apenas 8% das 500 maiores empresas do mundo firmaram compromissos para zerar suas emissões de carbono. Contudo, entre elas, muitas ainda não especificaram que tipo de ações empregarão para combater a mudança climática. Assim, para os negócios que optarem por adotar imediatamente medidas sustentáveis, existe um cenário fértil para inovação, liderança e vantagens competitivas.

Mas a transição não será fácil. Para que se consiga implementar o caminho para a sustentabilidade, será preciso que as empresas realinhem suas estratégias de crescimento para alcançar a meta de emissões zero, adaptem seus modelos operacionais e cadeias de fornecimento, invistam em inovação, financiem projetos ligados à economia verde e priorizem a transparência e o engajamento, segundo análise da PwC.

Outras opções seriam o abastecimento elétrico dos prédios comerciais a partir de energias renováveis, a implementação de veículos à base de combustíveis limpos entre a frota das empresas e o investimento na correta disposição de resíduos e no uso da água. Segundo o Fórum Econômico Mundial, 55% das soluções para a crise do clima virão de sistemas de energia melhores, e os outros 45% será fruto da aplicação de mecanismos de economia circular.

Nesse contexto, a tecnologia desponta como meio útil de estabelecer e acelerar mudanças sustentáveis. E o mercado está reconhecendo esse movimento: entre 2013 e 2018, o investimento de venture capital em tecnologias ligadas à mudança climática cresceu 4200%.

Ainda assim, há muito a ser feito. Quanto mais tempo os negócios levarem para agir em relação ao aquecimento global, mais intensos serão seus efeitos, que trazem prejuízos econômicos, políticos e sociais significativos. A jornada será longa, mas, se formos bem-sucedidos, a recompensa será grande.



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