Após crítica de Guedes, FMI anuncia fechamento do escritório no Brasil

Um dia após ser criticado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o FMI confirmou em nota, na manhã desta quinta-feira, que fechará seu escritório de representação no Brasil. A unidade em Brasília funciona como uma espécie de “embaixada” da instituição.

“O FMI fechou um acordo com as autoridades brasileiras para encerrar o Escritório de Representação do FMI em Brasília até 30 de junho de 2022”, informou, em nota o Fundo, lembrando que esta é a data do fim do mandato do atual representante do Fundo no país.

Nesta quarta-feira, Guedes antecipou que a missão do FMI no Brasil seria encerrada e disse que havia assinado o documento para terminar a cooperação internacional com o Fundo.

— Vou dizer até com delicadeza que nós estamos dispensando o FMI. Eles estão aqui há bastante tempo, havia bastante desequilíbrio. E eu assinei: pode voltar, pode passear lá fora. Vieram aqui para prever uma queda de 9,7%, e a Inglaterra ia cair 4%. Nós caímos 4%, a Inglaterra, 9,7%. Achamos melhor eles fazerem previsões em outro lugar — afirmou Guedes, em evento na Fiesp.

O ministro disse ainda que há muitos anos não haveria mais necessidade de o Fundo manter seus representantes no Brasil e que eles “ficaram porque gostam de feijoada, de jogo de futebol, de conversa boa, e, de vez em quando, criticar um pouco e fazer previsão errada”.

O FMI informou que o escritório foi aberto em 1999, quando o país ainda recorria aos empréstimos da entidade para obter liquidez internacional.

“Embora o acordo do FMI com o Brasil tenha terminado em 2005, o escritório foi mantido aberto para facilitar o diálogo entre o corpo técnico do Fundo e as autoridades”.

A nota ainda indica que pretende manter uma boa relação com O Brasil, apesar das críticas de Guedes.

“Esperamos que a alta qualidade do envolvimento do corpo técnico do Fundo com as autoridades brasileiras continue, à medida que trabalhamos de perto para apoiar o Brasil no fortalecimento de sua política econômica e configurações institucionais”, conclui a nota.



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