Após meses de crise no comando, PSDB-SP escolhe Marco Vinholi como presidente

Após meses de crise e divergências internas, o PSDB do estado de São Paulo enfim definiu seu novo presidente, Marco Vinholi. Ele era o presidente do diretório estadual até novembro, mas havia sido retirado do cargo por uma decisão do governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), que na época presidia o partido a nível nacional.

A eleição de Vinholi foi enfim formalizada durante uma reunião realizada na noite desta quarta, 6, que contou com a participação de 97 dos 105 integrantes do diretório. O partido já havia tentado decidir sobre a nova executiva estadual em duas outras ocasiões, nos dias 25 de fevereiro e no último dia 3, sem sucesso.

Com a direção formada, o PSDB de São Paulo poderá formalizar como vai atuar na eleição da capital: enquanto uma ala defende candidatura própria, outra defende apoio a algum pré-candidato de outra legenda, como o prefeito Ricardo Nunes (MDB) ou a deputada federal Tabata Amaral (PSB). Na semana passada, foi definido também que o ex-senador José Aníbal é o novo presidente do diretório tucano da da capital.

Disputas dentro do partido

Há mais de um ano, dois grupos dentro do PSDB disputavam o poder e trocavam acusações dentro da legenda. Um deles é ligado a Eduardo Leite — cujo maior expoente é o prefeito de Santo André, Paulo Serra — e o outro são os tucanos paulistas que eram ligados ao ex-governador João Doria, atualmente fora da legenda — Vinholi faz parte dessa ala.

Entretanto, como mostrou o GLOBO, os dois lados haviam firmado um acordo para chegar à convenção do dia 25 unidos, para quando estava prevista a votação para a composição do diretório e do comando da sigla no âmbito estadual. Mas naquele dia, só o primeiro tema foi definido, além do partido ter decidido que irá apoiar o nome de Leite para uma eventual candidatura à presidência em 2026 pela sigla.

O governador do Rio Grande do Sul disse ao GLOBO que é contra o PSDB apoiar Ricardo Nunes porque o atual prefeito se aliou a Jair Bolsonaro (PL).

“Respeito o prefeito Ricardo Nunes. O trabalho dele começa com o PSDB, inclusive. Com o prefeito Bruno Covas. Mas houve a escolha de um caminho de se associar justamente ao Bolsonaro, o que diverge, destoa, do que o PSDB está buscando representar, de uma alternativa nesse contexto político nacional (da polarização)”, afirmou Leite.

A declaração, entretanto, irritou deputados estaduais e vereadores tucanos, que já se comprometeram em apoiar o emedebista.

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