B3 pode ser próxima empresa a chegar a R$ 100 bi de valor de mercado

A B3 é uma anfitriã que pela primeira vez poderá participar da própria festa. É que a bolsa brasileira pode ser a próxima a ingressar no seleto grupo de empresas com mais de 100 bilhões de reais em valor de mercado, mesmo em um ano marcado por uma grave crise econômica. A lista das mais valiosas do país é composta pela Vale, Petrobras, Itaú, Ambev, Bradesco e Magazine Luiza – o Santander também aparecia nessa panelinha até a eclosão da pandemia do novo coronavírus.

Alguns motivos ajudam a explicar por que o valor de mercado da B3 cresceu nos últimos anos. O mais óbvio deles é a entrada novos investidores na bolsa. Durante uma década, o contingente de pessoas físicas com contas abertas para comprar e vender ações ficou estagnado em 500.000 – mesmo número de entrantes nos primeiros meses de 2020. Esse salto demonstra que os brasileiros estão cada vez mais interessados em negociar ativos de renda variável.

O aumento da demanda, em última instância, provoca um efeito positivo sobre as receitas da B3. Não por um acaso, a bolsa teve lucro histórico de 1 bilhão de reais no primeiro trimestre, uma alta de 70% em relação ao mesmo período de 2019 e de 40% sobre o quarto trimestre do ano passado. O desempenho refletiu o aumento expressivo das transações realizadas. A quantidade de negócios diários teve alta de 60% em março ante fevereiro. Nos três primeiros meses de 2020, foram negociados quase 1,8 trilhão de reais na bolsa, volume que equivale a 42% de tudo que foi movimentado em 2019.

Já no âmbito das ofertas, o apetite a risco não tem sido o mesmo. Alguns emissores preferiram adiar as ofertas à espera de uma janela de oportunidades. Mas houve quem enfrentasse o momento de incertezas. Foi o caso da Allpark, dona da rede Estapar, que captou 345 milhões de reais em sua oferta inicial de ações no mês passado. Também em maio, o Grupo SBF, da rede de lojas de artigos esportivos Centauro, anunciou que pretende fazer uma emissão secundária que pode levantar quase 1 bilhão de reais. A operação será precificada amanhã, dia 4.

Fato é que, enquanto a taxa básica de juros do país se mantiver em níveis baixos, a bolsa recepcionará novos convidados em busca de retornos vultuosos. A expectativa é que a Selic só volte a 6% em 2023. Por isso, para a B3, a festa só está começando.

 

 

Nome

Valor de mercado atual (em milhares)

Valor de mercado em 28/02/2020 (em milhares)

Valor de mercado em 31/12/2019 (em milhares)

Valor de mercado 31/12/2018 em (em milhares)

Valor de mercado em 31/12/2017 (em milhares)

Vale

274.039.846

227.234.220

273.337.485

261.439.210

209.248.613

Petrobras

269.802.790

344.010.491

407.218.847

316.085.347

216.044.789

Itaú Unibanco

225.471.346

295.050.661

336.277.120

317.910.007

259.002.949

Ambev

198.236.884

228.713.517

293.678.223

241.790.810

334.313.503

Bradesco

168.611.676

232.184.146

282.075.111

242.605.819

200.521.275

Magazine Luiza

103.154.292

81.872.841

77.244.742

34.103.746

15.180.143

Santander BR

99.913.709

146.476.900

182.954.265

159.829.134

119.069.758

B3

93.050.635

98.212.738

87.196.861

54.805.426

46.452.052

Banco do Brasil

90.698.958

133.595.885

150.587.594

129.499.323

88.617.222

Weg

88.437.729

90.508.887

72.700.765

36.784.269

38.890.468

Fonte: Economatica


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