Com milhares de turistas frustrados, como ficam os cruzeiros no Brasil?

A indústria de cruzeiros no Brasil está em compasso de espera e corre o risco de interromper a temporada de viagens mais cedo. Todos os cinco navios em circulação no país nesta temporada estão parados desde segunda-feira (3/1), quando a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil) decidiu interromper as viagens após problemas na liberação das embarcações nos pontos de destino, devido ao surgimento de casos de covid-19.

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A paralisação — que vai até 21 de janeiro — tem como objetivo alinhar os ponteiros com as autoridades brasileiras sobre os protocolos de segurança das viagens. “O que estava no plano nós seguimos, os protocolos são rígidos. Mas, com a demora das liberações nos destinos, a situação ficou quase impraticável. Não tínhamos mais condições de operar sem sentar com todos e discutir se é possível voltar. Se não for possível, terminamos a temporada, infelizmente”, afirmou Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil, em entrevista à EXAME.

A paralisação veio depois que a Anvisa determinou a interrupção das atividades do navio Costa Diadema, que estava atracado em Salvador, no dia 31 de dezembro. A embarcação tinha 3.836 viajantes (entre passageiros e tripulantes), e 68 casos confirmados de covid-19. O navio MSC Splendida também teve viagem suspensa, após identificação de casos de covid-19. Cerca de 2 mil passageiros ficaram esperando por horas pelo desembarque no Porto de Santos (SP).

Com o aumento dos casos de covid-19 nas embarcações, a Anvisa recomendou ao Ministério da Saúde a suspensão da temporada de navios cruzeiros no país. A agência registrou 829 casos de covid-19 em cruzeiros desde o início da temporada, em novembro. Segundo presidente da Clia, 90% deles são assintomáticos, e 10% têm sintomas leves.

“Nenhuma cama de hospital foi ocupada. A gente identificou os casos porque faz testes. Se o navio fosse um país, teria o maior índice de vacinados e de testagem”, afirma Ferraz. O setor considera aumentar o número de testes realizados a bordo. Também estuda formas de agilizar os processos de notificação de ocorrências nos destinos.

O presidente da Clia afirma que os protocolos de segurança e planos de ação foram definidos com antecedência juntamente com ministérios, Anvisa e cidades e estados que estão no roteiro das embarcações. A orientação inicial era isolar os casos de covid identificados na embarcação e desembarcar os doentes no próximo destino. Agora, o setor está realizando novas reuniões com as autoridades.



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