Corte que ameaça universidades e Enem pode custar produtividade ao país

Além dos gargalos do ensino remoto e o agravamento das desigualdades educacionais, 2021 trouxe um novo desafio à educação brasileira. Com menos verbas após o bloqueio de 2,7 bilhões de reais do orçamento do Ministério da Educação pelo governo, o repasse a universidades federais cairá a um nível que pode levar instituições a não conseguirem se sustentar até o fim do ano. O Enem 2021 também está sob risco de não ocorrer este ano e pode ser adiado para o ano que vem pela falta de verba.

A paralisia de pesquisas em andamento e a perda do país de desenvolvimento humano e econômico são algumas das consequências apontadas pela diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV, Cláudia Costin, das dificuldades causadas pela redução dos recursos neste ano.

“Quando há cortes, o impacto sobre as universidades não é só no ensino, é também em pesquisas em andamento, e no momento em pesquisas relacionadas à covid-19. Cerca de 90% da pesquisa no Brasil é feita por universidades federais e estaduais”, ressalta.

O Ministério ficou com apenas 8,9 bilhões de reais para sustentar todos os níveis da educação neste ano. Em comparação, em 2018, a Pasta contou com um orçamento de 23,2 bilhões. Diante do bloqueio, as universidades federais tiveram corte de 1 bilhão de reais, ou uma redução de 18% das verbas discricionárias, que são usadas, por exemplo, para pagar contas de luz, água e manutenção, em comparação ao ano passado. É esse tipo de verba também que sustenta bolsas de permanência a estudantes e de pesquisa fonecidas diretamente pela universidade.



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