CPI da Covid pode investigar empresas como Google e Facebook, diz Aziz

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta terça-feira, 22, que representantes de empresas de tecnologia, como Google e Facebook, poderão passar de testemunhas a investigadas pelo colegiado. Os requerimentos de convocação devem ser votados nesta quarta-feira, 23.

“Eles não estão vindo aqui porque são nossos amigos, não. Não estou convidando pra festa, não. Estou convidando como testemunhas e poderão se tornar investigados caso assim a comissão decida”, disse Aziz, em resposta a proposta do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que sugeriu que as empresas fossem convidadas, não convocadas.

Do Val disse ter ficado “preocupado” com a convocação e com o pedido de informações ao Facebook e ao Google. “Primeiro, por estarem sendo convocados e não convidados, e pela solicitação tão detalhada de assuntos e materiais que fazem parte da privacidade e que, assim que chegarem à CPI, vão se tornar públicos”, afirmou.

Aziz respondeu que o Google e o Facebook estão sendo convocados a prestar depoimentos “porque são testemunhas dos crimes que estão sendo cometidos na internet”. O presidente do colegiado acrescentou que “prescrever medicamento via YouTube, Instagram, Twitter é um crime”.

“Aliás, estão sendo convocados como testemunhas, mas poderão passar a ser investigados, se a comissão assim decidir”, reforçou Aziz. A expectativa dele é que as empresas “expliquem direitinho” porque permitem “que as suas plataformas fiquem propagando medicamento que não tem nenhum tipo de resultado científico”.

Os requerimentos determinam que os representantes compareçam à CPI para que prestem “esclarecimentos acerca da divulgação de material nas plataformas da empresa”. No caso do Google, os senadores querem informações sobre postagens no YouTube, plataforma do grupo.

“Recentemente, estamos vendo o movimento de interrupção de exclusão de conteúdos falsos ou desinformativos pelas plataformas da empresa”, aponta o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), nos requerimentos de convocação do Google, do Facebook e do Twitter. Para ele, “é essencial” que “os motivos para a mudança de comportamento” sejam esclarecidos.



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