Dólar recua puxado por reabertura de economias e alta do petróleo

O maior otimismo dos investidores com a reabertura de algumas das principais economias do mundo contribui para a valorização do real, nesta terça-feira, 5. Às 9h30, o dólar comercial caía 0,2% e era vendido por 5,512  reais, enquanto o dólar turismo subia 1%, cotado a 5,81 reais.

Nos Estados Unidos, epicentro do coronavírus, a curva de de contágio começa a se achatar nas regiões mais atingidas pela doença. Por lá, 31 dos 50 estados devem iniciar algum tipo de afrouxamento da quarentena até o fim desta semana. Na Europa, os países também começam a reabrir os negócios, como é caso da Alemanha, Itália, Espanha, Grécia e Portugal.

Com a melhora do cenário macroeconômico, algumas das principais divisas emergentes, como peso mexicano e o rublo russo, ganham força contra a moeda americana.

“Aqui o dólar só está acompanhando o movimento externo devido ao bom humor com as reaberturas. É um sentimento de alívio depois de um longo período fechado”, disse Jefferson Rugik, diretor de câmbio da Confidence Câmbio.

Rugik também avalia que a alta do barril de petróleo ajuda a valorizar o real. A commodity, que vinha sendo pressionada, sobe mais de 10%, com a expectativa de que a reabertura das economias aumente sua demanda.

No cenário interno, a situação política e monetária seguem no radar. Amanhã, 6, o Comitê de Política Monetária irá decidir a nova taxa básica de juros Selic, que atualmente está em sua mínima histórica de 3,75% ao ano. A expectativa do mercado é a de um corte de, pelo menos, 0,5 ponto percentual. A queda da Selic tende a enfraquecer o real, uma vez que os títulos públicos ficam menos atrativos para estrangeiros.

A política interna também pressiona a moeda negativamente. A preocupação, segundo Rugik, é a de que a quebra do sigilo do depoimento de Sergio Moro adicione ainda mais instabilidade em Brasília. “Alguma coisa que comprometa o presidente pode pesar aqui”, avalia.

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