Doria recua e pede revisão de protocolos da Polícia Militar

Após encontro com mães de vítimas, governador defendeu punição para abusos policiais e segurança de familiares

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recuou, nesta quinta-feira, a sua defesa em relação à atuação da Polícia Militar no episódio que resultou na morte de nove jovens em um baile funk na favela de Paraisópolis, no último domingo.

Na segunda-feira, Doria havia afirmado que “nada mudaria” na Segurança Pública da cidade após a tragédia. Mas, após se reunir com mães de vítimas e receber vídeos de abusos policiais, o governador admitiu a necessidade de melhorias nas operações e a punição de “policiais que não cumprem o protocolo e desonram a corporação”.

“A polícia já foi orientada (após o episódio) para rever protocolos e inibir, se não acabar, qualquer tipo de abuso que possa ocorrer. É inaceitável que a melhor polícia do Brasil use de força desproporcional e desnecessária, sobretudo quando não há reação dos cidadãos. Eu mesmo fiquei muito chocado quando vi as imagens, em que um PM agride desnecessariamente jovens saindo de um local fechado”, disse Doria, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Na quarta-feira, Doria recebeu sete mães de vítimas, dois líderes comunitários de Paraisópolis, além de representantes da Defensoria Pública e da OAB. O governador afirmou que foi questionado por uma das mães, preocupada com sua própria segurança após críticas à operação policial de domingo.

Doria diz ter selado um compromisso de que não haverá reação policial que ameace os envolvidos na tragédia. “Não podemos transformar esse episódio num confronto entre polícia e a população e não podemos criminalizar nem a comunidade nem a polícia”, afirmou Doria.




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