Mercado, Todos
Nenhum comentário

“Economia real mostra mais força que o PIB”, diz Parreiras, da Verde Asset

Gestor do fundo multimercado Scena na casa de Luís Stuhlberger, Parreiras aponta que demanda doméstica cresce acima de 4% nos últimos trimestres

São Paulo – Decepcionado com a recuperação da economia brasileira? Luiz Parreiras, gestor da Verde Asset, recomenda que você pare de monitorar a perspectiva para o PIB, que continua fraca, e passe a olhar para outro indicador: a demanda privada doméstica, que cresce acima de 4% nos últimos trimestres. “Muitos podem pensar que o ciclo de recuperação está no final do primeiro tempo. Mas acreditamos que ele esteja apenas nos primeiros cinco minutos”, disse, em evento organizado pela XP Investimentos que premiou os resultados dos melhores fundos nos últimos três anos.

Já em relação a ativos no exterior, o gestor afirma não estar nem otimista, nem pessimista. “Não vejo razão pela qual os ativos podem continuar rendendo por mais 10 anos. O problema é que a maioria dos ativos já estão caros. O ano de 2019 foi um ano maravilhoso para a bolsa americana, mas muitos esquecem que o S&P teve o pior dezembro em 2018, quando caiu 15% em apenas um mês”

Parreiras trabalha há 18 anos com Luís Stuhlberger. Há dois anos, é o gestor de um fundo que segue a estratégia do renomado Verde, o multimercado Scena. Basicamente o fundo acompanha 80% dos ativos mais líquidos que compõem a carteira do Verde.

Distribuído exclusivamente pela XP, o fundo ficou dois anos aberto na plataforma até que fechou para captação no ano passado. Desde abril de 2017, quando foi criado, o fundo rendeu 32,32%, enquanto o CDI no período subiu 24,21%. “Nos últimos três anos vimos um cenário que não se deve repetir pelos próximos três ou até 10 anos: ganhamos dinheiro com praticamente toda classe de ativos. A exceção foram moedas no exterior”, explicou.

O Scena aplica em diversas classes de ativos, como ações, juros e também no exterior. Apesar de todos os gestores da casa, inclusive Stuhlberger, discutirem todos os processos de investimento, ele aponta que no final do dia a decisão é tomada conforme o gestor de cada fundo. “Sou eu que respondo”.

Entre as apostas do gestor para o ano que se inicia estão ações brasileiras. “Temos uma posição relevante na carteira da asset, apesar de ela já ter sido maior nos últimos cinco anos”.

Parreiras classifica os recordes batidos pelo índice Ibovespa no final do ano passado como uma “euforia”. “Tínhamos na carteira cases que foram bons em 2018 e 2019, mas víamos que não precisávamos vender nem colocar mais capital. Então ficamos de novembro até este mês sem aumentar posição, e até reduzimos”.

O fundo também está alocado em juros reais, por meio de NTNBs longas. “No Brasil ações e renda fixa começam a ter uma correlação negativa e servem de hedge uma para a outra”.

 

 

 

 

Continue lendo

Recomendados

Desenvolvido porInvesting.com
Mercado, Todos

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu