Edson Higo, CEO da Danone: aposta em ESG, e-commerce e portfólio unificado

Em meio a pandemia da covid-19, a fabricante de alimentos Danone apostou no início da unificação das três unidades de negócios: alimentos, água e nutrição. Com a novidade, Edson Higo assumiu, em outubro, a presidência no Brasil com a missão de fazer a transição dos negócios.

O executivo também lidera os investimentos em inovação, que se iniciaram pelo time de marketing e agora passam a contar com a área de Business Transformation, criada em outubro. Com a estratégia de negócios e o fortalecimento de cultura, a Danone prevê crescer entre 5% e 10% neste ano e de continuar nesse ritmo anual até 2025. Globalmente, as vendas avançaram 6% no terceiro trimestre, alcançando 6,16 bilhões de euros.

“Estou na Danone há 15 anos, e assumir a empresa neste momento me dá a oportunidade de conduzir a forma como vamos operar no mercado e alavancar o crescimento, focando em sustentabilidade e inovação”, afirma Higo.

Para desenvolver novas soluções, a Danone está apostando em parcerias com startups e universidades. Com isto, o investimento em inovação triplicou na companhia e o percentual de vendas geradas por produtos lançados nos últimos dois anos dobrou.

“A inovação na Danone tem como foco oferecer alimentos cada vez mais saudáveis, saborosos e acessíveis, simultaneamente. O consumidor não deve abrir mão de nenhum desses requisitos e sabemos que em especial a acessibilidade é um fator fundamental, especialmente no Brasil”, diz Higo.

Veja a entrevista completa.

Por que a Danone decidiu integrar as áreas de negócios?

Entre 2019 e 2020 a Danone anunciou a integração total dos negócios por entender que a operação de forma independente, cada qual com o seu CEO, não era mais o melhor modelo. No Brasil, fui nomeado CEO, interinamente em julho e definitivamente em outubro, com a missão de conduzir a integração ao entender como a empresa seria estruturada e a nova operação no mercado.

Esta é uma oportunidade de transformar os negócios para ser uma empresa mais ágil, inovadora e focada no consumidor, entregando crescimento sustentável e portfolio único.

Se você pensar em uma grande varejista que é nossa cliente, por exemplo, temos três empresas e contatos diferentes para ela lidar. Percebemos que isto não faz sentido, e é mais complexo em termos de operação e de cultura.

O processo de integração está concluído?

Há um processo interno que consideramos concluído, visto que somos uma única organização, com apenas um presidente e back office centralizado. Mas, ainda temos separações fiscais e, para o mercado, não estamos unificados, visto que os stakeholders ainda nos vê operar com três empresas e faturamentos. Atualmente, estamos no processo de integração de sistemas e políticas. Imagino que a integração geral aconteça em um ano.

O trabalho híbrido influencia na velocidade da mudança?

Vimos os resultados de negócio mesmo com as pessoas em casa, e isto aconteceu muito pelo propósito da companhia de levar alimentação e nutrição em qualquer cenário.

As fábricas não pararam, mas estamos em trabalho híbrido no escritório, sendo que ficamos remotos em 2020.

Agora, estamos planejando a volta para o escritório na Avenida Paulista com base nesses valores. Não haverá mais sala de diretoria, havendo apenas salas de reunião e integração, além de decidirmos por dois dias da semana no escritório.



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