EXAME Política: Polarização e desigualdade são desafios ao próximo governo

A tendência de uma eleição polarizada no ano que vem, prevista em pesquisas, e as tensões econômicas e políticas que adentrarão 2022 podem trazer um cenário de instabilidade para o próximo mandato presidencial que exija ainda mais concessões em troca de governabilidade, avalia o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sérgio Vale.

“Vamos sair de um país polarizado, a eleição vai criar arestas intransponíveis politicamente e o próximo presidente terá que, para ter um mínimo de estabilidade política, compor muito mais com o centrão e de uma maneira muito mais explícita do que faz hoje, sendo que hoje já é uma composição bastante enraizada”, afirmou no último episódio do podcast EXAME/Política (ouça abaixo na íntegra).

Segundo o analista, além da tensão eleitoral, o país também deve enfrentar uma tensão econômica. Apesar das previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, o desemprego atinge um recorde de pessoas e a desigualdade econômica aumentou. Na visão de Vale, o cenário não deve arrefecer significativamente até o ano que vem.

O especialista aponta que um dos efeitos da instabilidade deve recair no crescimento econômico, que pode perder sustentação. “Será que a gente consegue crescer de forma sustentável a 4 ou 5%? Eu acho que não, vamos continuar crescendo 2%, 3%, não conseguindo sair disso, porque as condições estruturais não estão sendo colocadas para a gente conseguir crescer num patamar maior”, avalia.



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