O Governo do Estado vai subsidiar as passagens de ônibus de quem sair em busca de emprego depois da pandemia. A proposta do Cartão Social está prevista em lei sancionada na semana passada pelo governador Ratinho Junior e estabelece medidas para o transporte coletivo metropolitano no enfrentamento da Covid-19.
Além da criação do programa, a lei também prevê outras medidas que devem ser adotadas pelas empresas de transporte coletivo, incluindo um reforço na higienização dos ônibus, a disponibilidade de uma quantidade adequada de veículos para evitar aglomerações, a proibição de qualquer reajuste na tarifa enquanto durar a pandemia e a manutenção dos empregos dos colaboradores dessas empresas.
Pela proposta, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) irá adquirir as passagens das empresas e os créditos serão utilizados futuramente no programa Cartão Social. O cartão, que ainda será regulamentado, será destinado aos inscritos no cadastro único, a pessoas que estiverem na condição de desempregadas no sistema de dados da Agência do Trabalhador e as cadastradas nos programas da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho. Serão adquiridos aproximadamente R$ 32 milhões em passagens, que devem beneficiar cerca de 25 mil usuários por mês.
O diretor-presidente da Comec, Gilson Santos, disse que cada beneficiário receberá um cartão transporte gratuito com 44 passagens, o que permite um mês de uso, considerando a ida e a volta.
O projeto prevê também a obrigatoriedade das empresas operadoras em manter os empregos dos colaboradores que atuam no sistema, inclusive obrigando as empresas a aderirem a programas federais e estaduais de custeio de salário. Atualmente, cerca de seis mil motoristas, cobradores e trabalhadores da área administrativa atuam no Transporte Coletivo Metropolitano.
Repórter Vanessa Fernandes com informações da AEN