O pior passou nas bolsas? Não para o Goldman Sachs

O pior já passou para as bolsas globais? A semana começou otimista nos principais índices de ações da Europa e da Ásia. Os índices futuros dos Estados Unidos foram negociados com alta de 4% no fuso asiático, e os índices de ações na Europa abriram com forte alta: o FTSE, de Londres, com 3%; e o DAX, alemão, com 4% nas primeiras horas do pregão. Na Ásia, o índice japonês Nikkei subiu 4,24% e a bolsa de Hong Kong avançou 2,18%. Na China continental as bolsas estão fechadas por um feriado local.

Os avanços ocorrem apesar de uma queda de quatro dólares no preço do barril de petróleo Brent, em virtude de Rússia e Arábia Saudita terem adiado uma reunião prevista para esta segunda-feira que poderia marcar uma trégua na guerra travada nas últimas semanas pelos dois países. Os sauditas anunciaram cortes de preços que fizeram o preço do petróleo, e as ações das principais petroleiras, despencar nas últimas semanas. Na quinta-feira veio uma trégua, com o presidente americano, Donald Trump, anunciando que havia chegado a um acordo com as duas partes — mas o adiamento de hoje voltou a trazer dúvidas aso investidores.

No Brasil, o Ibovespa fechou a semana passada com queda de 5,3%, mas ainda assim está em alta de 10% desde 23 de março. O índice americano S&P 500 caiu 1,5% na sexta-feira, mas também está em alta de 10% desde 23 de março. Investidores têm equilibrado, de um lado, dados ruins sobre a economia, como o avanço do desemprego nos Estados Unidos, com crescente avanços nos anúncios de pacotes de resgate, que podem evitar uma desaceleração mais forte na economia. Notícias que podem revelar que o pico da pandemia já chegou, em países como Itália e Espanha, também trazem algum alívio.

Mas Peter Oppenheimer, estrategista global de ações do banco de investimentos Goldman Sachs, afirmou no fim da semana passada que aidna é cedo para concluir que o pior já passou nos principais mercados globais. Para ele, o valor de mercado das ações ainda está alta, apesar da queda recente, e apesar da dos pacotes de estímulos. Oppenheimer citou três razões: os preços não refletem a escala das quedas potenciais nos lucros; muitas métricas de valuation ainda não estão condizentes com níveis de crises; o timing da recuperação ainda não é claro.

O Goldman Sachs prevê que o número de infectados vai crescer ao menos até maio. Até lá, é cedo demais para qualquer previsão mais consistente, segundo o banco. Isso não impede, claro, semanas de maior otimismo.


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