Os “pirralhos” de Lula e Bolsonaro

Estranhos negócios de Fábio Luís com a Oi fazem lembrar que o ex-presidente petista também se complicou com os filhos

Quando Jair Bolsonaro falou que faria tudo por seus filhos, foi criticadíssimo. Referia-se à nomeação de seu filho Eduardo para a embaixada brasileira nos Estados Unidos. A ideia não foi adiante. A impressão de certo nepotismo ficou. Com a insistência de outro filho, o vereador carioca Carlos, em comandar as redes sociais do pai, a interferência familiar em assuntos presidenciais acentuou-se. As coisas acalmaram nas últimas semanas.

O ex-presidente Lula (PT) tem mais sorte. Seu filho mais complicado não chegou a atrapalhar seu governo. A 69ª fase da Operação Lava Jato, nas ruas hoje, investiga a notória ligação da empresa telefônica Oi com a Gamecorp que tem como Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula, como um dos sócios. Entre outras revelações, o Ministério Público Federal mostra que parte do dinheiro pago pela Oi para a Gamecorp pode ter sido usado para comprar o famoso sítio de Atibaia, que está no centro da maior sentença imposta ao ex-presidente: 17 anos. Segundo os procuradores da Lava Jato, R$ 132 milhões teriam sido repassados para empresas ligadas a Fábio Luís. A Oi teria contratado a empresa do filho de Lula por valores muito acima do normal do mercado.

Chama atenção como os filhos de Bolsonaro e Lula espelham a luta política brasileira de hoje. De um lado, a “velha política” sorrateira, com negócios escusos e facilidade de aprovação legislativa. De outro, a política polarizada, radical, que faz muito barulho e, no fim das contas, não chega a atrapalhar tanto o andamento normal do governo em muitas áreas – com óbvias exceções como o Meio Ambiente.  




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