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Agricultores espanhóis continuam protestos e bloqueios de estradas

Os agricultores e pecuaristas espanhóis continuaram, nesta quarta-feira, 14, os protestos para denunciar as dificuldades sofridas pelo setor, com bloqueios de estradas em vários pontos do país, e provocaram a suspensão da primeira fase de uma prova de ciclismo no sul.

Os tratores bloquearam vários trechos de estradas em diferentes zonas, segundo a Direção-Geral de Trânsito (DGT).

A maior parte das ações concentrou-se no sul, em províncias como Granada, Málaga, Jaén e Sevilha, onde as principais rotas foram cortadas durante a manhã.

Em Antequera (Málaga), trabalhadores do setor agropecuário bloquearam a rodovia A92 que leva a Sevilha, constatou a AFPTV.

A primeira etapa da Volta a Andaluzia, prova de ciclismo profissional, teve de ser suspensa devido à “falta de forças policiais”, agora ocupadas com as manifestações dos agricultores, segundo os organizadores.

Na Catalunha (nordeste), perto da fronteira com França, uma centena de tratores bloqueou por horas um trecho da rodovia AP-7 que liga os dois países, perto de Pontós (Girona), como fizeram no dia anterior.

A Unió de Pagesos, sindicato majoritário dos agricultores na Catalunha, indicou na rede social X que o Ministério da Agricultura concordou em realizar uma reunião em Barcelona em 23 de fevereiro.

Se os agricultores não obtiverem respostas às suas demandas, continuarão mobilizados, avisou o sindicato.

Assim como os seus colegas de outros países europeus que também se manifestaram, os agricultores espanhóis queixam-se da burocracia e da complexidade das normas europeias, além dos baixos preços a que vendem os seus produtos e da concorrência, que consideram injusta, de artigos estrangeiros.

Perante um descontentamento que não cessa, o ministro da Agricultura, Luis Planas, tem prevista uma reunião com representantes do setor alimentar para esta quarta-feira.

E nesta quinta-feira, receberá os principais sindicatos de agricultores e pecuaristas (Asaja, COAG e UPA).

As três organizações têm previstas duas manifestações em Madri, uma em 21 de fevereiro em frente ao Ministério da Agricultura e outra em 26 de fevereiro, dia em que a UE realizará um conselho de ministros da Agricultura.

Em seu comunicado, os sindicatos defenderam que os responsáveis pelo setor devem “agir com urgência e aprovar reformas em termos de cadeia alimentar, acordos comerciais com países terceiros, simplificação burocrática e flexibilização da PAC“.

A Espanha, frequentemente descrita como a “horta da Europa“, é o principal exportador europeu de frutas e hortaliças, mas seu setor agrícola enfrenta dificuldades, principalmente devido à seca que assola o país há três anos.

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