O dólar intensificou o movimento de queda, nesta quinta-feira, 9, após os pedidos semanais de seguro desemprego dos Estados Unidos terem ficado abaixo do esperado.
Às 9h50, o dólar comercial caía 1,2% e era vendido por 5,285 reais.
De acordo com os dados divulgados nesta manhã, foram feitos 1,314 milhão de pedidos na última semana, ficando abaixo das projeções que apontavam para 1,375 milhão. O Departamento de Trabalhos dos Estados Unidos, responsável pelo levantamento, também revisou para baixo os dados divulgados na semana passada de 1,427 milhão para 1,413 milhão.
Desde o início da pandemia, o dado tem servido como um termômetro de curto prazo para avaliar os impactos da doença na economia. O número vem caindo de forma constante desde meados de abril, quando atingiu o pico de 6,648 milhões de pedidos em apenas uma semana.
O resultado animou os investidores, ávidos por sinais de recuperação da maior economia do mundo. Com o maior apetite a risco no mundo, o dólar passou a perder força contra as principais moedas emergentes, como o peso mexicano e o rublo russo, mas foi insuficiente para reverter o movimento de alta em relação às divisas da Turquia e da Índia.
Apesar dos dados positivos, o mercado ainda mantém certa dose de cautela com o crescimento dos casos de coronavírus nos Estados Unidos, que não dão sinal de arrefecimento. Na véspera, o país voltou a registrar mais 50.000 infectados. De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, já são mais de 3 milhões de infectados no país.
Autoridades do Federal Reserve vêm reforçando a visão de que a maior economia do mundo não vai apresentar forte recuperação sem que a doença tenha sido controlada.