Leite nega cálculo político ao se assumir gay e fala de voto em Bolsonaro

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), negou neste domingo, 4, qualquer cálculo político-eleitoral em sua decisão de declarar publicamente ser gay e afirmou que precisava se apresentar “na integralidade, e não pela metade” a seu partido, pelo qual tenta concorrer à Presidência da República em 2022. Ele afirmou ainda que o voto em Jair Bolsonaro em 2018 é um “erro” que deve ser analisado para não se repetir no futuro.

“Não tem nada de errado, nem é algo que mereça ficar escondido. Outros políticos têm, sim, a esconder e escondem… Rachadinha, mensalão, petrolão, superfaturamento em compra de vacinas”, disse Leite, que participou de uma série de reuniões do partido em Brasília.

“Entendi que era o momento de falar. Não tem qualquer cálculo do ponto de vista político-eleitoral. Aliás, nem sei quais serão os efeitos que isso terá do ponto de vista eleitoral. Talvez não sejam os efeitos positivos que muita gente possa esperar, mas tenha efeito positivo ou negativo, é o que sou, do jeito que sou apresentado como sou. Se a população entender que eu posso apresentar um caminho, tem que ser na minha integralidade, sem esconder qualquer coisa”, afirmou.

O tucano também voltou a dizer que a eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2018 foi um “erro”, mas negou que tenha apoiado a candidatura do atual chefe do Planalto porque não pediu votos em favor do atual presidente, nem fez “campanha casada” ou “misturou nome ao do candidato” – em alusão ao BolsoDoria empreendido pelo atual governador de São Paulo durante a campanha de 2018.

Em 2018, Leite declarou voto em Bolsonaro. Hoje, ele foi questionado sobre essa decisão, sobretudo pelo histórico de declarações homofóbicas do presidente.

“As declarações de intolerância do presidente no passado me pareciam naquele momento que teriam, embora preocupantes, menos espaço para se apresentarem de forma prejudicial ao país à medida que temos instituições fortes que garantiriam que a posição homofóbica dele não significasse política pública contrária a gays, lésbicas, bissexuais, ou qualquer público homossexual”, disse Leite. “A gente tem que analisar esse erro, aprender com ele para não cometer mais esse erro no futuro”, afirmou.

Segundo ele, essa análise inclui trabalhar em uma “terceira via” para evitar um segundo turno entre Bolsonaro e o PT, que deve ter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato.



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