Os fundos brasileiros nunca tiveram tanto dinheiro em ativos estrangeiros como em maio deste ano. De acordo com estudo feito pelo sistema de informações financeiras Economática, no mês, o volume alocado em investimentos no exterior e em BDRs foi de 278,5 bilhões de reais, o equivalente 5,65% do patrimônio total da indústria de fundos do Brasil.
O montante já é menos da metade da quantidade alocada em ações brasileiras, que representa 8,5% do patrimônio total dos fundos.
O estudo revela que, entre agosto e dezembro do ano passado, o volume alocado por fundos brasileiros em ativos estrangeiros passou por uma leve redução, mas ganhou forte impulso a partir do início deste ano. Em relação ao fim do 2019, a quantia já cresceu 89,59%.
Em termos nominais, o Itaú Unibanco foi a que mais aumentou a alocação em investimentos no exterior, desconsiderando os aportes em BDRs, que são recibos de ações de empresas estrangeiras negociadas no Brasil. Desde o início do ano, o volume financeiro alocado nesse tipo de ativo cresceu mais de 700%, passando de 7,425 bilhões de reais para 59,914 bilhões reais.
Depois do Itaú, a Canvas Capital é a segunda gestora com mais recursos investidos no exterior, com 33.697 bilhões de reais alocados. Em seguida, aparecem a BW Gestão, com 26.535 bilhões de reais, Santander, com 23.782 bilhões de reais e a SPX, com 14.043 bilhões de reais.
No mercado de BDRs, onde os investimentos de fundos equivalem a menos de 2% do total alocado no exterior, é a Caixa que lidera, com volume de aplicação de 1,118 bilhão de reais.