Em Curitiba, o varejo apresentou queda de 6,38% no primeiro semestre de 2020. O número é reflexo da queda de vendas em razão da pandemia de Covid-19. Os dados estão na Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR).
No acumulado entre janeiro e junho os ramos mais afetados na capital foram os que comercializam bens considerados não essenciais. Os três primeiros são vestuário e tecidos (-43,51%), calçados (-33,06%) e livraria e papelaria (-35,47%).
Em Curitiba, apenas supermercados, farmácias e autopeças apresentaram aumento nas vendas no primeiro semestre, com 8,19%, 7,83% e 2,91%, respectivamente, como explica o coordenador de pesquisas da Fecomércio, Rodrigo Rosalem.
Com a reabertura e flexibilização das medidas de circulação, o varejo curitibano apresentou uma retomada de 2,05% nas vendas em junho, se comparado ao mês de maio. Os segmentos que tiveram aumento no faturamento foram: móveis, decoração e utilidades domésticas (62,94%); livrarias e papelarias (19,37%); concessionárias de veículos (7,77%), farmácias (2,95%), combustíveis (1,29%) e materiais de construção (0,36%).
Rosalem destaca que o impacto causado pela pandemia de Covid-19 no varejo é um dos maiores dos últimos anos.
Em relação aos dados estaduais, a pesquisa da Fecomércio aponta que o Paraná teve retração de 10% nas vendas do varejo no primeiro semestre de 2020. O comércio de Maringá foi o mais prejudicado pela crise provocada pelo novo coronavírus somando perdas de 20,09%. Na sequência aparecem a Região Oeste (-13,52%), Londrina (-12,62%) e a Região Sudoeste (-11,35%).
Curitiba é a quarta na lista com maiores reduções nas vendas do comércio.
Conforme a Fecomércio, a variação nas vendas entre as regiões se deve às diferentes metodologias de combate à pandemia aplicadas pelas prefeituras.
Repórter Francielly Azevedo
