PMEs: Digitalização e automatização são questões de sobrevivência

Por Bernardo Arnaud*

23 dias. Esse é o período aproximado que as pequenas empresas brasileiras conseguem ficar fechadas e, ainda assim, com dinheiro suficiente para pagar as contas, de acordo com um levantamento do Sebrae. O número preocupa, já que poucas empresas conseguem manter um caixa saudável por pelo menos um mês para suportar impactos e externalidades, como a pandemia de covid-19.

Ainda segundo o Sebrae, a pandemia alterou o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas brasileiras, o equivalente a 31% do total. O número sobe para 10,1 milhões se olharmos para as que tiveram que interromper suas atividades temporariamente. Em 2020, vários comércios e pequenos estabelecimentos se viram obrigados a fechar as portas — muitas vezes, para sempre, por não terem tido meios para se manter.

No susto, muitos pequenos e médios empresários tiveram que mudar seus modelos de atuação. A transformação digital, que impactou grandes empresas nos últimos anos, bateu na porta das micros, pequenas e médias empresas.

Um estudo da Capterra e da Gartner indicou que 43% das companhias com até 250 colaboradores adotaram novas tecnologias para viabilizar o trabalho à distância e tentar evitar prejuízos. Temos acompanhado um movimento de digitalização intenso, não somente na comunicação, como também nos processos internos e de controle. Um bom exemplo disso são as finanças empresariais, passando por maior controle de estoques e de fluxo de caixa.

É comum (ainda) que MPMEs façam a gestão financeira e de estoque manualmente. O próprio Sebrae estima que 43% das MPMEs fazem o controle financeiro em papel. E modelos manuais aumentam a margem de erro. Digitalizar a gestão financeira é, portanto, imprescindível para conseguir controlar melhor os gastos e evitar que situações como a pandemia tenham impactos irreversíveis nos negócios, num primeiro passo de tentativa de prevenção de perdas.

Essa digitalização da gestão financeira, de estoques e de vendas permite que os empreendedores tenham visibilidade de tudo que entra e sai do caixa de forma semi-automática ou automática — com grande redução de possíveis erros. É essa visão que permite projetar os mais diferentes cenários e, por consequência, preparar os negócios e tentar ajustar o fluxo de caixa para que eles se concretizem.



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